Sem ninguém saber

"Se você pudesse fazer um post anônimo, sobre o que seria?"

Eu falaria que amo de paixão minha professora de espanhol. Que gosto até demais do Ramon. Que o Brasil é uma das minhas obsessões. Que eu não gosto de estudar. Que eu não acho o Flamengo tão bom assim. Que na verdade eu queria ser jornalista e não professora. Que eu não tenho tanta esperança no Obama. Que eu tenho bulimia. Que eu não mais considero nenhum dos meus amigos tão amigos assim. Que eu morreria pelo meu pai. Que eu pago-pau pra menina de cabelo rosa da minha escola. Que eu falo mal de muita gente. Que eu choro só de pensar no meu avô. Que eu tenho mágoas profundas da minha mãe. Que eu gosto até um pouquinho da minha irmã mais nova. Que odeio gente lerda e que sabe pouco. Que eu rio sozinha lembrando de coisas do passado. Que eu converso sozinha. Que eu sou anormal. Que sinto inveja de muita gente. Que eu tenho ciúmes dos meus familiares e amigos. Que eu amo meu cachorro como se ele fosse meu filho. Que eu não sei nem o que é fotossíntese e que eu sinto alegria só de ouvir a voz de Rodrigo.
Eu podia até dizer tudo isso, mas como não sou anônima, deixo isso nos arquivos esquecidos de um blog, na falta de coragem de outras pessoas e na falta de coragem de outras pessoas, só pra evitar discussões, comentários e afins. Afinal, alguém precisa dar a cara a tapa.