sexta-feira, 7 de maio de 2010

Por acaso, ou não.

"O tempo revela todas as respostas dentro de cada um."
Quem acompanhou durante esses anos minha depressão, minhas loucuras, meus distúrbios, tem noção de que eu não sou uma pessoa tão equilibrada. Só tem noção. Porque da verdade mesmo, ninguém sabe... Hoje veio o reflexo de todos esses anos, de todos os últimos dias. E eu percebi que eu sou tão frágil quanto uma porcelana à ponto de cair. É assim que estou me sentindo; Frágil, indefesa, fraca. Minha depressão chegou em um estágio tão destrutivo que eu acredito estar desenvolvendo uma síndrome do pânico... E eu não estou brincando. Não gosto de brincar com coisas sérias. Eu tenho medo de sair de casa, eu tenho medo de andar no escuro, tenho medo de qualquer barulho ao meu redor e não consigo me manter num carro parado, de janelas abertas. Passei a tomar pavor e tenho medo de absolutamente tudo... E eu não sei como mudar ou melhorar isso. Eu tentei, mas o medo cada dia cresce mais. Nem a minha irmã mais nova tem medo da minha mãe... Porém, eu, morro de medo. Hoje discuti com a professora de português, voltei pra casa extremamente desanimada, com vontade de desistir de tudo. A única força que eu tenho é o Douglas, e acho que vai ser sempre a maior força. Ontem eu parei pra pensar; Eu me afastei das pessoas e hoje me sinto desconfortável quando alguém de fora tenta conversar comigo. Não sei, não gosto, me sinto estranha, me sinto idiota. Meus antigos amigos foram substituídos pela minha solidão... E o pior, é que quem vê de fora, pensa que está tudo bem. Mas se um, apenas um, vivesse dentro de mim por dois segundos, perceberia o caos que eu estou levando aqui. Eu não consigo explicar como está sendo. É muito ruim. Ter vontade de chorar o tempo todo, de ficar sozinha. De passar horas apenas pensando... E pensando em tudo que tá acontecendo. Enquanto todos estão despreocupados com o que está havendo com eles, eu estou quase pra morrer de tanta preocupação. Aí no meio desse caos, eu me vejo como o alicerce da minha mãe. Puts, eu pensei o tempo todo que ia fraquejar. E até agora consegui que ela não me visse chorar. Pra não se sentir fraca, pra não achar que estava tudo perdido. Mas está difícil. A cada vez que eu seguro o choro, minha cabeça dói demais. E diante de TANTOS problemas familiares e pessoais, se ver como o apoio de alguém é muito ruim. Queria eu que fossem problemas simples como das outras meninas da minha idade. Tenho uma inveja boa delas... Ao menos podem cuidar dos seus cabelos e sua beleza, sem se preocupar com a casa e com a família. Mal mal têm uma louça pra lavar. Já a realidade de uma menina sem pai e com duas irmãs, sendo você a mais responsável... É beeem diferente. Queria eu que as outras pessoas soubessem que eu sou tão humana quanto elas. Parariam de querer me ver no chão.