sábado, 29 de agosto de 2009



"E nada vai fazer voltar o tempo que eu perdi tentando te falar que eu não consigo respirar com medo de chorar, de ouvir você falar "não"!"

O dia foi ruim, o clima tá tão tenso, mas tão tenso que meu corpo todo dói, mesmo sem ter feito muito esforço o dia todo. As vibrações não têm sido das melhores, a indecisão me ronda, as brigas me cercam, eu estou meio sem saída. Hoje foi a treva, literalmente. Briguei com a coroa, briga feia, com gritos e humilhações da parte dela, já devia ter me acostumado com certos palavrões que ela difere à cada briga, mas ainda não me conformei. Eu deitei à tarde e chorei demais, sem perceber... Só me dei conta de que chorava, ao perceber meu travesseiro todo molhado, os olhos inchados e uma ideia tentadora de suicídio. Isso que mais me dá medo! A cada briga infernal aqui, a ideia me cerca, tentadoramente... E eu temo um dia encontrar coragem o suficiente pra realizar a façanha.

Enfim, eu não vim aqui pra falar disso, não mesmo. O que me traz aqui, é uma das minhas infelicidades; Uma briga com um moleque que eu considero demais, um moleque maravilhoso, que eu amo muito, não convém agora falar o nome, até porque quero evitar a fadiga. :x Eu já vi esse moleque ir até o fim só pra ver as consequências das coisas, eu já vi esse moleque me pisar e me esnobar pra ver qual seria o fundamento, eu já vi esse menino me controlar com facilidade inexplicável, mas mesmo assim eu o perdoei todas as vezes, eu voltei ao caminho dele todas as vezes que ele quis, eu fui boba o suficiente pra agir como se nada tivesse acontecido. E depois de tanto tempo, esse menino, volta com tudo desfazendo tudo que eu havia feito, derrubando toda a muralha que eu havia construído contra ele, destroçando tudo por onde ele passou, e mesmo assim, eu o amava, com tanta ternura, ternura capaz de me fazer indecisa entre o certo e o duvidoso, e ao escolher o certo, eu o decepcionei, eu o magoei, e ele me culpou e eu sofri. Eu me senti culpada, eu queria apenas tê-lo dentro de mim, guardado, pra que ele nunca se magoasse comigo... E como se não bastasse, eu disse à ele, que precisava conversar, e ele perguntou sobre o que e eu disse que só pessoalmente, e ele insistiu, e eu recusei, e ele insistiu e eu desisti, então ele apelou, e ele então, me abandonou mais uma vez, com promessa de nunca mais falar comigo, e eu o conheço bem, conheço-o o suficiente pra saber que ele vai cumprir o que deseja, e vai me destruir mais uma vez... Quando pedi pra conversar, pessoalmente, eu apenas queria pedir perdão, de coração, queria conversar sobre o que eu fiz com ele, pra que ao menos amenizasse a mágoa dele e a minha culpa, e eu queria uma despedida distinta, sentir o abraço bom dele, apenas mais uma vez, pra voltar pra minha jaula, pra minha prisão, eu de verdade, queria senti-lo pela última vez... Mas no momento eu sinto apenas a minha dor, grande dor, de um dia infernal, interminavelmente melancólico.

Me perdoe rei, me perdoe por minha imaturidade, me perdoe por minha infantilidade, mas eu não consigo sentir raiva de você e nem mágoa, eu só não quero tirá-lo de mim, eu só o quero cada vez mais perto, cada lembrança ronda minha cabeça, cada riso, cada momento, tá guardado e tá doendo... Não me abandona, por favor. :\

E essa foi só mais uma história sobre alguém e sobre ninguém, confusa, como sempre...

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